Rivalidade histórica: Copinha e Paulistão reúne gigantes paulistas

Rivalidade histórica: Copinha e Paulistão reúne gigantes paulistas 

O que define um grande clube de futebol? E quais são os maiores? Definitivamente o Brasil coleciona uma penca de times admirados mundialmente. Mas é no Estado de São Paulo que se concentram os principais times que aparecem nos rankings dos mais admirados do mundo.

De acordo com a Statista, uma plataforma que publica estatísticas, relatórios, infografias e pesquisas sobre diversos mercados e indústrias, os times Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos fazem parte da seleta lista dos 10 times com a maior base de fãs e torcedores do Brasil. 

O clube Flamengo, sediado no Rio de Janeiro, teve a maior torcida do Brasil em 2023, com mais de 45 milhões de torcedores apaixonados por futebol no total. O Corinthians, sediado em São Paulo, ficou em segundo lugar no ranking, com uma diferença de aproximadamente 13 milhões de torcedores.

O São Paulo ganhou o terceiro lugar e o Palmeiras ficou em quarto, com cerca de 17 e 15 milhões de torcedores, respectivamente. O Santos figurou no nono lugar com pouco mais de 4 milhões de torcedores.

O que define um grande clube, afinal? É história? Troféus ganhos? Base de fãs? Tamanho do estádio? Riqueza? Seguidores nas redes sociais? Na verdade, é tudo isso e muito mais. O São Paulo é um dos dois únicos times, junto com o Flamengo, que nunca foi rebaixado da primeira divisão do Brasil – uma conquista muito significativa considerando a força dos clubes no país e sua longa história.

Sob o comando do lendário ex-técnico brasileiro Telê Santana, o São Paulo teve enorme sucesso nacional e internacional na década de 1990, ganhando dois títulos da Copa Libertadores e duas Copas Intercontinentais naquele período. Seus ex-jogadores notáveis ​​incluem Rivellino, Sócrates e, mais recentemente, Carlos Tevez e Javier Mascherano.

Segundo clube mais apoiado do Brasil, com mais de 30 milhões de fãs, o Corinthians venceu o Campeonato Mundial de Clubes da FIFA inaugural em 2000 e também a Copa do Mundo de Clubes em 2012, derrotando o Chelsea no título no segundo triunfo. 

Com a Copa São Paulo de Futebol Júnior desenrolando os primeiros resultados e nos oferecendo um aperitivo para a temporada de futebol de 2025, este artigo analisa a história e expectativas futuras para os quatro grandes times de São Paulo.

A paixão pelo futebol paulista transcende as arquibancadas. Acompanhar de perto o desempenho dessas equipes e analisar os diversos fatores que influenciam os resultados pode ser uma atividade ainda mais interessante quando combinada com as online sports betting

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Copa São Paulo de Futebol Júnior

Nascida em 1969 como uma celebração do aniversário de São Paulo, a Copa São Paulo de Futebol Júnior, conhecida como Copinha, rapidamente se tornou uma vitrine do futebol de base brasileiro. A competição, que inicialmente reunia apenas clubes paulistas, logo se expandiu para abranger equipes de todo o país, tornando-se um celeiro de talentos e um dos torneios mais aguardados do calendário futebolístico nacional.

As primeiras Copinhas

A primeira edição da Copinha foi bastante modesta, com apenas quatro equipes paulistanas disputando o título. O Corinthians, que levantou a taça inaugural, iniciou uma trajetória vitoriosa que o consolidou como o maior campeão da competição – é o time com mais de uma década de domínio como campeão da Copinha. A partir da década de 1970, a Copinha ganhou força e passou a contar com a participação de clubes de outros estados. 

Celeiro de talentos

Ao longo dos anos, a Copinha se tornou sinônimo de revelação de talentos. Muitos jogadores que hoje brilham nos principais campeonatos do mundo tiveram suas primeiras oportunidades na competição. A cada edição, olheiros de diversos clubes acompanham de perto os jogos e a rotina de jovens promessas. A competição já revelou grandes nomes do futebol brasileiro, como Neymar, Lucas Paquetá e Casemiro. Além de revelar talentos, a Copinha também promove a inclusão social e a integração de jovens de diferentes regiões do país.

A Copa São Paulo de Futebol Júnior continua a evoluir e a se adaptar aos novos tempos. Por exemplo, foi pioneira em diversos aspectos, como a utilização do VAR em jogos de base e a transmissão ao vivo de todas as partidas. Com a crescente profissionalização do futebol, a competição se tornou ainda mais importante para os clubes, que veem na Copinha uma oportunidade de formar seus futuros craques. 

Estrelas 

A cada ano, o torneio se consolida como um dos eventos mais importantes do calendário esportivo brasileiro, mas os dirigentes dos grandes clubes participantes estão longe de estar focados em suas categorias de base neste torneio quase amistoso. Para estes líderes, a Copinha pode ser vista como uma guerra desigual, envolvendo representantes de gigantes e anões do futebol.

O interesse deles por este evento esportivo está muito mais relacionado à revelação de futuras estrelas para serem utilizadas em seus elencos principais ou para serem vendidas, gerando receita para seus respectivos clubes. A possível colocação que seus clubes podem alcançar ao final do torneio, inclusive garantindo o cobiçado título, parece assumir um papel coadjuvante.

Deixando de lado a disparidade de categorias entre os clubes que competem na Copa São Paulo de Futebol Júnior, vale destacar que, mesmo entre as maiores entidades esportivas participantes, não são aqueles que ganharam esse título mais vezes que se tornaram os principais criadouros de estrelas que brilham no futebol atual. 

As histórias de Internacional e Grêmio sobre suas performances ao longo do torneio paulista mostram isso. Enquanto o Internacional venceu a Copinha cinco vezes, o time nunca teve uma grande estrela surgindo de suas categorias de base – que fosse nomeada o melhor jogador do mundo ou um campeão mundial. Já o Grêmio, teve tudo isso lançando jogadores como Ronaldinho Gaúcho, Everaldo e Anderson Polga, sem nunca ter ganho a Copa São Paulo. O mesmo pode se dizer do Botafogo, que, mesmo não estando entre os maiores vencedores da Copa São Paulo de Futebol Júnior, revelou lendas como o Rei Pelé, Garrincha e Neymar.

Paulistão 2025

Rodeado de atenção, outro campeonato para os times paulistas começou neste mês de janeiro: o Campeonato Paulista Sicredi 2025, ou Paulistão 2025. A competição mais tradicional do estado de São Paulo reúne os 16 principais clubes do Brasil em busca do título. Organizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF), o Paulistão tem jogos em diferentes estádios do Estado. 

Com um aumento de 16% nas cotas para os clubes, a competição atingirá um novo patamar de receita, ultrapassando a marca de R$ 1 bilhão em repasses aos clubes desde 2022. A paixão dos torcedores também cresce a cada ano: a média de torcedores pagantes cresceu 126% desde 2014, e a audiência nas transmissões dos jogos ultrapassou 100 milhões de pessoas em 2024. O mercado de bet sports não ficará atrás, com a legalização das apostas esportivas, a previsão é de que o Paulistão vá alcançar alguns recordes neste setor.

Com novidades como o sistema multiball, que agiliza o jogo, e a transmissão em diversas plataformas, o Paulistão se consolida como um dos campeonatos mais bem sucedidos do Brasil. A competição, que tradicionalmente reúne os principais clubes do estado, chega com um calendário atípico, com uma pausa no meio do ano para a disputa do Mundial de Clubes da Fifa, exigindo um melhor planejamento das equipes, especialmente dos clubes da Série A, que tiveram pouco tempo para preparação.

Favoritos 

O Palmeiras, atual tricampeão, não vai entrar em campo esperando menos do que um feito inédito: o tetracampeonato paulista. Para isso, o Verdão reforçou seu elenco com nomes de peso e busca dar uma resposta à torcida após um final de temporada abaixo das expectativas.

Além do tricampeonato paulista no bolso, o Palmeiras tem um vice-campeonato brasileiro na bagagem, e chega ao Paulistão 2025 com as casas de apostas refletindo esse favoritismo, colocando o time como a principal aposta para a competição.

O Corinthians, por sua vez, chega embalado pela boa campanha no Brasileirão  e classificação para a pré-Libertadores. A equipe comandada por Ramón Díaz busca dar sequência aos bons resultados e conquistar o título estadual, que lhe escapa há alguns anos. Com o objetivo de quebrar um jejum de seis anos, o Timão busca manter a base do time que encantou a torcida na última temporada, com uma postura mais conservadora no mercado de transferências. 

A diretoria optou por priorizar a manutenção da folha salarial e a renovação de contratos de jogadores importantes. A compra em definitivo do goleiro Hugo Souza e a renovação de contratos de jogadores como Ángel Romero, Cacá, Maycon e André Carrillo foram algumas das movimentações do clube no início da temporada. Apesar disso, a diretoria não descarta a possibilidade de trazer novos reforços para algumas posições específicas, como a lateral e o ataque.

Com a saída de Fagner, que foi emprestado ao Cruzeiro, o Corinthians dará oportunidades para jovens da base, como o lateral-direito Leo Maná. Outros jogadores que terminaram a temporada com pouca minutagem também devem ganhar mais chances no time titular. A expectativa é que o time utilize a competição para dar ritmo aos jogadores e se preparar para a fase preliminar da Copa Libertadores.

O São Paulo, com a chegada de Oscar, e o Santos, recém-promovido à Série A, também entram na disputa com o objetivo de conquistar o título. A polêmica pré-temporada nos Estados Unidos e a estreia adiada demonstram a ambição do Tricolor em iniciar o torneio com o pé direito. Com um elenco reforçado por jogadores de qualidade como Oscar, Enzo Díaz e Wendell, a expectativa é de um São Paulo mais competitivo.

De volta à elite do futebol brasileiro, o Santos, comandado por Pedro Caixinha, o Peixe, busca recuperar o protagonismo no cenário estadual. Após o vice-campeonato paulista em 2024, o técnico reforçou o elenco com a contratação de Tiquinho Soares para liderar o ataque alvinegro.

Outros clubes, como Red Bull Bragantino e Mirassol, que subiram para a Série A, prometem surpreender e dificultar a vida dos grandes. Com um elenco rejuvenescido e reforçado por jogadores como Isidro Pitta, Lucas Barbosa e Guzmán Rodríguez, o Red Bull Bragantino, sob o comando de Fernando Seabra, busca uma campanha sólida e pode incomodar.

O Campeonato Paulista 2025 tem tudo para mostrar jogos equilibrados e emocionantes. 

Números de respeito

O Campeonato Paulista 2025 é um dos motores da economia do futebol paulista. Com um aumento significativo nas cotas de participação, a competição injeta milhões de reais na economia do estado. Além do aspecto financeiro, o Paulistão é fundamental para a formação de novos talentos e para a preparação dos clubes para as competições nacionais e internacionais.

As 16 equipes estão em busca do prêmio de R$ 5 milhões, um incentivo a mais para a disputa acirrada pelo título. Além do campeão, os demais colocados também serão premiados, com um total de R$ 11,33 milhões distribuídos entre o 2º e o 14º lugar. 

A Federação Paulista de Futebol (FPF) vai distribuir R$ 300 milhões em cotas de participação. Corinthians, Santos, São Paulo e Palmeiras, somam R$ 176 milhões em cotas de participação, demonstrando a importância do Paulistão para o futebol brasileiro.

Onde assistir

O Paulistão 2025 terá uma cobertura televisiva e rede de transmissão abrangente. Além da tradicional transmissão pela TV aberta na Record, os torcedores poderão acompanhar a competição através da TNT Sports (e Max) na TV por assinatura e streaming, e também no YouTube, pela CazéTV. 

Além disso, a plataforma de streaming Zapping se junta ao time de transmissão, como mais uma opção para os apaixonados por futebol acompanharem seus times do coração. Com essa variedade, o campeonato paulista alcança um público ainda mais amplo, garantindo que nenhum torcedor fique de fora.